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Ela diz que agora finalmente poderá matricular o filho.

A comerciante diz que adora vestidos e não vai deixar de usar.

Do G1 TO, com informações da TV Anhanguera
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Mãe se emociona ao buscar documento do filho em escola onde foi barrada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Mãe se emociona ao buscar documento do filho
em escola onde foi barrada
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Rosângela Florencio, 33 anos, voltou a escola estadual São José, em Palmas, na tarde desta quinta-feira (22), para buscar a declaração de transferência do filho. A comerciante estava de vestido novamente, mas dessa vez ela não foi impedida de entrar na instituição. Após cerca de uma hora conversando com a secretária da escola ela finalmente conseguiu pegar o documento.
"Não precisava disso não, aqui está a declaração do meu filho", conta a mulher lamentando a confusão que se criou por causa da roupa que vestia quando tentou buscar o documento no dia anterior.
Agora a comerciante se prepara para voltar a Brejinho de Nazaré, a 115 km da capital. Ela é proprietária de um restaurante no pequeno municícipio que fica na região central do estado.
Rosângela Florencio diz que adora usar vestido e que nunca havia sido discriminada por causa disso (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Rosângela Florencio diz que adora usar vestido e
que nunca havia sido discriminada por causa disso
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Rosângela conta que sempre gostou de usar vestido e que nunca foi discriminada por causa disso. Ela explica que finalmente poderá matricular o filho em uma escola pública do município.
Barrada em escola
Rosângela diz que não aceita o tratamento que recebeu na antiga escola do filho e denunciou a instituição por tê-la discriminado pela roupa que usava, um vestido com a barra pouco acima do joelho. A confusão aconteceu na escola estadual São José, localizada na quadra 1106 Sul, em Palmas.
Segundo Rosângela, após discutir com os funcionários, a diretora da escola foi atendê-la do lado de fora. "A diretora veio com um papel para me mostrar dizendo que era uma lei. Eu disse que não era estudante da escola. Sou mãe de um aluno e fui pegar uma declaração", conta. "Falar que eu não posso entrar porque minha roupa é inadequada eu não aceito."
Mãe de aluno foi barrada em escola de Palmas por causa do vestido (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Mulher foi barrada em escola de Palmas por causa
do vestido (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A comerciante chegou a chamar a polícia, mas, segundo ela, nem os policiais resolveram o problema. Ela foi embora sem conseguir a declaração de transferência do filho.
Denúncias
Rosângela Florencio, procurou o Ministério Público (MP) na manhã desta quinta-feira (22), em Palmas. Ela diz que não aceita o tratamento que recebeu: "Eu me senti pior que lixo, me senti humilhada. Chorei muito ontem na porta do colégio."
Rosângela afirma que buscou o MP porque foi informada de que essa não é a primeira vez que esse fato acontece na escola. "Se as pessoas têm medo de falar, pois eu não tenho. Fui discriminada por causa da minha roupa e isso eu não aceito", desabafa.
Rosângela Florencio procurou o Ministério Público nesta quinta-feira (22), em Palmas (Foto: Monique Almeida/G1)Rosângela Florencio procurou o Ministério Público
nesta quinta-feira (22), em Palmas
(Foto: Monique Almeida/G1)
A comerciante também fez uma denúncia na corregedoria da Polícia Militar (PM), na tarde desta quinta, para questionar a condura dos PMs. "Quando chamei a PM, os policiais se recusaram a registrar a ocorrência. Disseram que ali não houve violência, crime, e que por isso não precisava registrar. Ao invés de me atender eles pediram para que eu arrumasse uma roupa emprestada ou que fosse em casa trocar de roupa."
O corregedor geral da PM, coronel Eurivan Francisco Lima, garantiu que o caso será investigado. "Nós vamos avaliar todo o conteúdo juntamente com o registro da ocorrência feita pela guarnição da polícia militar e havendo necessidade de um melhor esclarecimento dos fatos vamos tomar as medidas administrativas necessárias para que a denúncia seja esclarecida", explicou.
MP investiga o caso
De acordo com o procurador responsável pela ouvidoria, Alcir Raineri Filho, o MP irá investigar o caso. "Vamos procurar saber se houve de fato um crime ou alguma violação dos direitos do cidadão. Se houve eventualmente alguma discriminação, algum abuso, coisas dessa natureza", explica o procurador.
Segundo as informações, o caso já foi encaminhado para o promotor da cidadania, Miguel Batista de Siqueira, que cuidará das investigações.
Diretora afirma que Rosângela queria causar um tumulto na porta da escola (Foto: Elisângela Farias/G1)Diretora afirma que Rosângela queria causar um
tumulto na porta da escola
(Foto: Elisângela Farias/G1)
Resposta
A  diretora da escola São José, Janice Kissner Ferreira, diz que o fato foi isolado e que em nenhum momento o porteiro da instituição proibiu Rosângela de entrar no prédio. “Ela estava próximo a uma aluna, o guarda fez a observação das roupas dos alunos que não eram adequadas. Ela se sentiu ofendida porque entraria na escola daquela forma." Segundo a diretora tudo foi um equívoco porque o guarda não se dirigiu a ela.
Janice fala que Rosângela queria fazer tumulto, mesmo após a secretária da escola pedir para ela entrar e pegar o documento. “Ficou até de noite aqui, era umas cinco e meia quando chegou e à noite permaneceu, querendo fazer tumulto. É uma pessoa de fora, não é nada da escola, quis fazer sensacionalismo em cima de uma norma de conduta para alunos.”

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